terça-feira, 1 de junho de 2010

A Lágrima caiu... Um novo sorriso nasceu...

De repente, comecei a perder um liquido transparente, pela sutura.
Ligaram à minha medica que mandou que fosse com urgência para o hospital, ela estaria lá à minha espera.
E foi nesse dia, a pior experiência da minha vida...
Estas palavras nunca mais me sairiam da cabeça, " vai ter de ficar cá, não há hipótese, temos de parar a perda de líquor quanto antes, senão pode apanhar meningite e pode ser mortal..."
Nesse momento, pela 1ª vez ao longo de todo este processo não aguentei e chorei!
Só pensava em voltar para o meu filho, não queria pensar sequer em ficar ali de novo, não fazia ideia do que ainda me esperava!

De imediato, fui levada para uma sala, onde já me aguardava uma enfermeira e onde prontamente surgiu a Dtra. Os meus pais ficariam no corredor, e eu não fazia ideia do que me iriam fazer.
Colocada em posição fetal, a Dtra. ia introduzindo uma agulha para fazer punção lombar, introduziu 1 vez, introduziu 2,3,4,5,6...7, e eu gritava, chorava de dores, delirava, o sofrimento era tal que por vezes parecia ir perder a consciência.
Deram anestesia local, veio outo médico ajudar, seguravam-me a mão, até que desistiu! Não conseguiam introduzir a agulha no local certo... Parece que tenho as vértebras mmuiiitoo unidas, o que complicou tudo ainda mais.
Perante isto e o meu sofrimento, a "minha" Dtra. decidiu encaminhar-me para o Bloco para uma nova intervenção cirurgica, onde faria a punção lombar e voltaria a abrir a sutura para fechar o pequeno ponto interior que estava aberto.

Adormeci...o cansaço era imenso! Acordei no dia seguinte para a entrada no Bloco operatório, e voltei a dormir, uma vez mais e serena...

Após essa intervenção, tive de ficar cerca de uma semana imobilizada numa cama e praticamente senpre deitada, não fosse o dreno da coluna "saltar fora" ou desmaiar!
Custou muito essa semama, sem duvida a pior parte de todo este processo, mas tambem a que mais me ensinou...

Depois de mais 7 dias internada, regressei desta vez e definitivamente para a casa dos meus pais e para junto do meu filho.
Tinha de fazer fisioterapia praticamente todos os dias e pelo menos 1 hora.
Pouco a pouco, voltei a caminhar sozinha e sem desequilibrios. A visão dupla reduziu para uma percentagem muito minima e o meu rosto foi recuperando milagrosamente as suas formas e libertando-se da paralisia.
Contra todas as previsões, as sessões de Fisioterapia previstas para 18 meses, e sem resultados garantidos, duraram pouco mais de 3 meses.
O meu rosto estava praticamente simétrico, quase não se percebiam as mazelas da paralisia, pior mesmo ficou o olho esquerdo, mas isso será contado num outro "post"!
Em relação à surdez esquerda, ainda me vou adaptanto, pois a vida nem sempre é facilitada para quem só dá 50/hora!

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