segunda-feira, 19 de abril de 2010

Mas afinal, o que é um Neurinoma do Acústico?





Pois bem, tal como o nome sugere, é um tumor cerebral benigno, localizado no nervo auditivo, conhecido por diferentes nomes como: neuromas, neurinomas, vestibular schwanomas ou neurofibromas do acústico.
Os neurinomas do acústico começam no canal interno do ouvido e podem se expandir até o cérebro. Podem estar localizados profundamente no crânio e próximos a centros vitais do cérebro. Enquanto o tumor cresce ele pode envolver nervos ou estruturas vizinhas responsáveis por funções vitais.

Na maioria das vezes este tumor tem crescimento lento, demorando anos para desenvolver-se. Em outros casos ou em algumas fases do desenvolvimento o seu crescimento pode ser rápido.
Normalmente estes tumores são unilaterais, isto é em um só ouvido, mas tambem podem-se apresentar nos dois ouvidos, tendo o mome de neurofibromatose.

Estes tumores são raros e estudos estatísticos mostram que sua incidência na população em geral é de 1 caso para 100.000 habitantes por ano, constituindo cerca de 6 % dos tumores cerebrais.
Existem muitos estudos à volta das causas para este tipo de tumor, mas ainda não existem conclusões, além de uma possivel predisposição genética.

Sintomas:

Normalmente, em grande parte dos doentes os sintomas são leves e quase que imperceptíveis,sendo os principais:

- perda de audição,
- barulhos no ouvido (zumbidos)
- falta de equilíbrio
- tonturas , vertigens
- dores de cabeça
- paralisia facial


Diagnóstico e tratamento:

Geralmente os meios de diagnóstico mais comuns, são a TAC (Tomografia computorizada cerebral) ou ainda, a Ressonância nuclear magnética.
Os métodos de tratamento utilizados, são quase sempre a Radiocirurgia (em caso de tumores de menores dimensões) ou a Cirurgia (para tumores de grande volume), que implica a remoção total do mesmo.

No entanto, qualquer opção de tratamento, tem vantagens e desvantagens.
O neurocirugião terá sempre em conta vários aspectos tais como a idade do paciente, a presença de doenças associadas, o quadro clínico apresentado, o volume tumoral, etc., por forma a determinar qual a melhor estratégia para o seu tratamento.

O doente deverá ainda ser bem informado acerca dos riscos que uma possivel cirurgia destas pode acarretar. Tendo em conta a quantidade de nervos importantissimos que por ali passam, e dependendo do volume do tumor, podem ficar sequelas mais ou menos permanentes entre as quais, paralisia facial, surdez permanente no ouvido afectado ou ainda alguma descoordenação motora. Para algumas destas sequelas existe sempre a possibidade de as diminuir com tratamentos de Fisioterapia, com os quais é costume obterem-se bons resultados.

Há que ter noção que este tumor, mesmo sendo benigno, senão for devidamente acompanhado, pode tornar-se mortal para o doente.

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